Видео

Lembrei de um detalhe da leitura. Ao descrever o Moreira César, Euclides menciona que o militar estava estacionado na Província de Mato Grosso antes de ser designado para liderar a campanha contra Canudos. Na tradição do pensamento determinista ("o homem é produto do meio"), Euclides diz que o calor do Centro-Oeste brasileiro teria embrutecido Moreira César. Ele se refere ao Mato Grosso como "uma Sibéria canicular". Curiosamente, o historiador Francisco Doratioto, no seu livro sobre a Guerra do Paraguai, afirma que os prisioneiros brasileiros levados a Assunção no começo do conflito viviam em uma "Sibéria tropical".

Resenha show!! Eu tinha lido o livro, mas você captou muitos mais detalhes que eu. Essa resenha me deu vontade de reler o livro. Obrigado.

Olá. Boa noite pra todos aí. Meu nome é Antonio e sou do interior paulista. Encontrei o canal, e cara, fiquei muito nostálgico, tenho 50 anos e tenho muitos gibis do fantasma e Tarzan, alguns antigos eoriginais. Voltei pra minha infância. Que legal. Fiquem bem. Até mais.

Muito bom ter pessoas cono vc gravando este tipo de video e divulgando no RUclips

*O título deste livro é simplesmente perfeito! Nunca tinha ouvido falarem sobre ele. Recomendo que vc veja essa série magnífica do canal russo “Epic Media” se chama “ЖУКОВ” ela mostra o grande e lendário general Júkov após o fim da guerra.*

Foram feitas algumas tentativas de adaptar o Fantasma aos tempos modernos, mas os resultados não foram convincentes. Em torno de 1989, a DC Comics passou a publicar histórias com um fantasma mais sombrio, enfrentando problemas contemporâneos em uma Bangala caracterizada como um pobre país africano (diferente da imagem idealizada de Falk). Nesse cenário, Fantasma enfrenta traficantes de armas, depósitos de lixo químico, caçadores clandestinos e grupos racistas semelhantes à Ku-klux-kan. Apesar dos melhores esforços da dupla Mark Verheiden e Luke McDonnell, as histórias não empolgavam. Difícil conceber um herói com duas pistolas que não as utiliza quando cercado por bandidos armados. Essas histórias buscavam, sem sucesso, combinar temática contemporânea com a figura idealizada do herói.

O Fantasma que li na minha infância e adolescência (anos 1980) era um herói quase perfeito: forte, destemido, enfrentava os vilões com perfeição, quase nunca se feria, casado com uma linda mulher e pai de dois lindos gêmeos. O país no qual residia, a fictícia Bangala, era claramente uma nação africana bem administrada, com um governo democrático (presidente Luaga), com paz e justiça nas florestas por conta do fantasma e da patrulha da selva, eventualmente ameaçados por criminosos e pelo antigo ditador do país, General Bababu. Quando fui ler as primeira histórias de Falk, escritas nos anos 1930, Bangala era uma colônia (com carcterísticas africanas, mas com alguns elementos asiáticos) administrada por brancos, as tribos nativas eram selvagens e o fantasma conseguia impor sua vontade graças a uma boa dose de superstição daquelas tribos. Ao longo das décadas, as histórias foram mostrando um perfil mais positivo dos locais.

Em relação ao Fantasma, não acho que o personagem tenha sido cancelado. Até bem recentemente houve uma tentativa de reunir Fantasma, Mandrake e Flash Gordon numa equipe intitulada Kings Watch (referência à King Features Syndicate, detentora dos direitos autorais dos personagens). O fato, um tanto curioso do fantasma andar meio esquecido é porque o personagem, apesar de origem norte-americana, fez muito mais sucesso fora dos EUA. Além do Brasil, o fantasma foi sucesso estrondoso de vendas na Suécia, Austrália e Índia. Esses países não se contentavam em consumir apenas a histórias americanas e passaram a produzir suas próprias. As histórias suecas, em geral inferiores às de Lee Falk, foram publicadas regularmente no Brasil (sem apresentar crédito dos autores) pela RGE desde meados dos 1980 até o cancelamento da revista do Fantasma no Brasil em torno de 1993. Apesar de medianas em sua maioria, algumas histórias suecas com os antepassados do Fantasma eram muito boas. Artistas brasileiros também escreveram e desenharam histórias do fantasma (destaque para Walmir Amaral), mas com resultados desiguais. Na Austrália, a Frew comics é a editora que publica há mais tempo no mundo, e de forma contínua, uma revista dedicada apenas ao fantasma.

A resenha lembrou bem que as histórias do Nick Holmes (Rip Kirby) já possuíam temáticas adultas. Basta observar suas primeiras aventuras, que tratavam de viciados em drogas (primeira história), armas químicas (histórias dois e três), delinquência juvenil (história quatro) e espetacular história "as duas mães", sobre a proibição a ex-criminosos para adotar filhos. Pouca gente sabe, mas o roteirista dessas histórias não era Alex Raymond, que criou e desenhou o personagem, mas Ward Greene, que ficou praticamente anônimo e viu Raymond ganhar todos os créditos. Em 1952, Greene foi substituído por Fred Dickenson, que era competente, mas as histórias perderam um pouco de criatividade e força dramática. A edição do Gibi de Ouro traz a história "o Paraíso do Mal", de 1951, uma das últimas de Greene.

Foi lendo os encartes do Gibi de Ouro que descobri que, em seus primórdios e durante muito tempo, os quadrinhos de aventuras eram lidos em jornais, com sequências diárias de tiras de três ou quatro quadrinhos em preto-e-branco (no domingo, páginas coloridas). Esse formato exigia muito dos roteiristas, que tinham que manter os leitores engajados na narrativa ao longo de semanas e meses, e dos desenhistas, que tinham que ser expressivos em um espaço limitado. As histórias dos jornais eram posteriormente reunidas e publicadas em revistas, como era o caso do Fantasma, Mandrake e Nick Holmes. Essa realidade dever parecer inimaginável para os leitores de geração mais nova, acostumados a revistas e albuns de luxo, até mesmo ao conceito de "graphich novel" (romance gráfico, em tradução ao pé da letra). Tentem imaginar pegar o jornal diariamente, ler três quadrinhos de uma história que iria continuar no dia seguinte e assim ao longo de meses a fio.

Lembro-me de uma série fantástica de quadrinhos, a "Gibi Quinzenal", que compilava vários personagens em cada edição. Íamos, alguns colegas e eu, a pé para a escola para ajuntar o dinheiro da passagem para adquirir as edições. O formato era gigante, bem encadernado e impresso em excelente papel. Fico entristecido ao constatar como temos involuído ao longo dos anos. Antes, a arte pululava, inclusive nas músicas populares e nas revistas vendidas nas bancas.

Show de bola

Mais um excelente video como sempre 👏🏽👏🏽👏🏽 minha dúvida é de como a população de canudos tinha acesso a armamento e munição.

Sempre trazendo comentários muito pertinentes!

Acompanho desde os 30 inscritos, parabéns , excelente canal. 👍🏻

Que venha mais inscritos, Se você gosta de HQs e do tema da Segunda Guerra Mundial, recomendo Berlim, de Jason Lutz. A obra mostra como eram as discussões das pessoas antes da ascensão do nazismo, desde debates políticos da alta cúpula até conversas entre pessoas comuns. É muito interessante ver essa perspectiva e entender os contrapontos políticos da época por outra ótica.

Nada melhor do que aquisições que mesclam quadrinhos e literatura.

Muito boa a resenha!

Canal de milhões 🎉 seguindo✔

Estou ansioso pra assistir um novo filme O conde de monte Cristo.. parabéns pelo vídeo.

O livro Crime e Castigo me impacta até hoje. Parece até que fui eu que matei a velha😂

Parabéns pela resenha! Dostoiévski é um escritor genial, uma referência para toda a vida. Falando em grandes escritores, estou muito ansioso pelo lançamento de um livro de Michael Moorcock que será publicado no Brasil, Elric de Melniboné. Também estou animado para, no próximo ano, se tudo der certo, finalmente ler Conan, o Bárbaro, mergulhando nas histórias incríveis de Robert E. Howard.

Bela edição mesmo. Vou aguardar essa resenha de Esplêndido e o vil!

Li, adorei e reli, é uma obra genial! Tudo escrito por Bulgákov é digno de ser lido e comentado, como Coração de Cachorro, Anotações de um Jovem Médico etc

Excelente vídeo, meu amigo! Quero deixar uma recomendação sobre um escritor fantástico que aborda guerras de forma incrível: Ken Follett. Se tiver oportunidade, adquira alguns de seus livros. Comece por O Buraco da Agulha, que é excelente! Acho que até existe um filme baseado nessa obra, lançado em 1900 e alguma coisa. Fica aí a dica. Parabéns pelo canal, é muito bom!

Os meus seis livros preferidos da vida. 1. O Conde de Monte Cristo - Alexandre Dumas 2. Crime e Castigo - Fiódor Dostoiévski 3. Drácula - Bram Stoker 4. O Velho e o Mar - Ernest Hemingway 5. A Volta ao Mundo em 80 Dias - Júlio Verne 6. O Senhor dos Anéis - J.R.R. Tolkien

Excelente como sempre 👏🏽👏🏽👏🏽 se um dia pintar uma resenha extra aí sobre Tex seria massa tb 👏🏽👏🏽👏🏽

Muito boa análise. Obrigada por compartilhar com outras publicações do wolverine 🎉

Resenha Cult arrasou nesse episódio !! Seus detalhes e contexto transbordam paixão pela obra Hawkworld. Os artistas envolvidos estavam num nível de criatividade fora da curva. Grande episódio. Lembrei de uma entrevista antiga, onde o roteirista comentou que utilizou como inspiração e referência na criação de Hawkworld o clássico Conde de monte de Cristo. Vou até reler a Saga Hawkworld depois de ver seu episódio. Grande abraço.

Lembro quando saiu esta história, eu fiquei bem curioso mas a arte não me agradou e acabei não procurando para adquirir , um erro por que hoje em dia continuo curioso kk

adorei o video

bom video, engracado como a historia trata como se no pirambu fosse a cidade do cartel de sinaloa, misturado como se tivesse colocado salvador dentro de cuba kkkkkkk

Cara que canal massa e que resenha massa , parabéns meu amigo Emílio .

Olha aí , uma hq incrível Wolverine Saudades

Adorei seu vídeo, meu querido! Feliz em ver esse RUclips mais íntimo onde a gente ensina, aprende e troca ideia. Obrigado algorítmo :) hahaha

Eu concordo com vc quando diz que cada um tem que ler o livro no qual se sente bem. Eu por exemplo já li Clarisse Lispector e não me dei com a forma como ela escreve. A leitura não flui. Muita gente diz que é sua autora favorita e que já leu todos os livros dela, e pra mim ela está longe de ser minha escritora favorita. Lógico que minha opinião não tira os méritos dela. Só não rolou pra mim, e tá tudo bem! O importante é ler algo de que se goste.

Eu já incluo alguns clássicos como casual. Um que amo é A sonata Kreutzar. Esse na minha concepção é o classico casual. Fininho mas é uma paulada na nossa cabeça sendo que para mim virou daquele tipo de livro q a gente precisa ler novamente.

Adorei a resenha. Ainda não li esse livro. Vc já leu um livro dele chamado Andarilho das Estrelas? É um livro muito bom. Li a biografia dele no início desse ano. Foi uma vida cheia de altos e baixos.

bom video

boa noite, ja ouvi falar que o Christopher McCandless lia esse livro e a vida nos bosques de Thoreau.

Outro grande romance de Tolstói, além dos dois citado, é Ressurreição, que também tem edição da Companhia das Letras.

Se for para resenhar um livro do José Saramago, minha recomendação seria Ensaio sobre a Cegueira.

“Crime e castigo” me trouxe muitos insights. Meu preferido.

Gosto muito de MOBY DICK

Se o amigo depois puder resenhar alguma obra de José Saramago e Gabriel Garcia Márquez seria ótimo 👍🏼👍🏼 (não sei se é da sua preferência 😅) ahh e o Gshock aí 👏🏽👏🏽👏🏽 excelente 👏🏽👏🏽👏🏽

Olha, eu não li nenhum desses livros, mas seu vídeo acendeu uma luz de interesse em mim. Eu sempre fui uma negação nos esportes. O máximo que fiz foi jogar queimada e peteca na escola rsrs. Talvez essa falta de interesse tenha sido porque não tive incentivo. Olha, talvez eu fale bobeira agora, mas sempre vi a luta, seja boxe ou jiu-jítsu, como uma forma de liberação de energia, sabe. E que talvez seja mais controle mental do que força propriamente dita. Sempre tive essa impressão comigo. Mas não leve a sério quem nunca se embrenhou nos esportes como eu rsrsrs. Um grande abraço meu amigo.

Eu concordo com vc meu amigo. Sempre pensei e acreditei, que até mesmo os ditos livros de "ficção" , nada mais são que algo acorrido ao autor ou a alguém conhecido por ele, no qual esse passa para o papel. É como uma ideia (acontecimento) principal, uma ideia base, que ocorreu com ele ou com alguém, ou acontece no mundo atual, ou já ocorrida no passado (rsrsrs) e ele usa sua criatividade para passar essa ideia de forma mais clara através da ficção. Ou seja, tudo tem uma base. Desculpe se não me expressei bem, pois tenho grande dificuldade de me expressar. Por isso sou apaixonada na leitura. Pra mim é mais fácil compreender do que me fazer compreendida. Ainda não li esse livro, mas já entrou na minha lista. Ótima resenha, como sempre. Abraços.

Muito interessante o "padrão" observado. Ótima resenha, como sempre.

Excelente jiu-jítsu e literatura 👏🏽👏🏽👏🏽 uma pena que não encontramos mais para comprar a biografia do mestre CarlosGracie

Na minha opinião, a Image teve grande impacto nos quadrinhos do ponto de vista gráfico, mas os roteiros eram convencionais. Só mais recentemente, com as histórias policiais escritas por Ed Brubaker (como Criminal), a Image passou a oferecer narrativas de qualidade.